quarta-feira, maio 30, 2012

Eva



Ela desceu a rua com uma amiga, ele havia reconhecido por causa do cabelo loiro e longo.
Eva, é como ele à conhecia.
- Eu quero, oi, oi! duas coxinhas, é....do que que é a coxinha?
- Há, há, há, há...caralho Eva, você tá de tiração!
- Coxinha, coxinha! não sendo polícia só pode ser de carne de frango, né, porra!?
- Filha da puta! se meu tio ouve uma merda dessa...eu nem queria está por perto.
Falou baixinho Edu.
O tio do Edu era da PM, nove anos de serviço prestado e num pequeno deslize seu, foi expulso da corporação, mas, atuava no seu cotidiano como se ainda estivesse nela. Fazia bico em uma boate no baixo Algusta, era conhecido por todos como Caveirão, o seu jeito truculento e agressivo quando colocava pra fora do puteiro os arruaceiros e os punheteiros que pegava no banheiro.
Caveirão tinha um tipo atlético, alto, olhos verdes, com às garotas ele encarnava o tipo Dom Ruan, fala suave, às vezes gestos delicados um certo charme e um pouco de cultura aprendidos nos livros e principalmente com à vida.
As meninas eram o forte da casa, e como davam lucro! Belas, corpos voluptosos, algumas foram até capas de revistas. O tio do Edu tinha uma grande queda por uma das meninas, Eva, simplesmente Eva.
Eva é o seu nome artistíco usado nas noites de orgia, um metro e setenta e dois de puro prazer. o seu número de strip no ferro ao som de um blues.... VOCÊ NUNCA VAROU/ A DUVIVIER ÀS CINCO/ NEM LEVOU UM SUSTO/ SAINDO DO VAL IMPROVISO/ ERA QUASE MEIO-DIA/ DO LADO ESCURO DA VIDA/ NUNCA VIU LOU REED.......ia abaixo, ou melhor dizendo: ia acima àquela coisa que todo homem tem nos países baixos. Caveirão se postava, às vezes sentava e pedia uma dose dupla do melhor uísque, parecia um cliente quando ouvia o começo do blues que encarnava à sua nerfetite, abandonava o seu posto e nesse momento ele se sentia como se fosse o dono do estabelecimento, e aí de alguém se vinhesse reprimi-lo, pois tamanha era sua moral junto aos donos do "Héden".


Josh













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