quarta-feira, janeiro 20, 2010

Pretérito perfeito






Cansei de ser
Escravo de um porvir
Não vou temer
Vou  fugir

Pelo breu das horas tortas
Roto sigo sozinho
Na bagagem flores mortas
E o seu retrato 3x4, trago comigo


No exílio 
Meus cinco sentidos
Fui até onde minhas pernas e meu coração
Pudessem me levar

Em um outro alguém
Encontraste
A Liberdade
E, um novo
Sentir



josh

sábado, janeiro 16, 2010





Ao som de Eddie Vedder e muitas cervejas
Eu alimento o que não se deve alimentar
Minha tristeza
Não que eu seja de todo triste
A alegria em mim passa
Como uma nau à deriva
Que bom seria
Se o meu estado da alma
Fosse como um  carnaval
Com suas cores, lantejoulas, alegorias
Plumas, paetês, o Arlequim, o Pierrot
A colombina, os risos
O giro da bahiana
A mulata com o seu gingado e os seios à balançar
Quanta alegria!!!!
Mas, por hora
Eu me contento
Em ser
Um homem triste
Só por hora


 Josh

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Memórias "Acreditavamos que mudaríamos o mundo, a noite, sonhavamos e, durante o dia, comíamos os sonhos da padaria em frente" Alex polari



Acordei de madrugada, aos poucos fui me lembrando do sonho que tivéra.
É louco isso!...as neuras do dia-a-dia continua a nos invadir durante à noite.
Não consegui mais dormi e quanto a você, a personagem principal do meu sonho, continuava ali, presa no no meu pensar.
Abri a janela, lá fora por de trás das casas e da igreja, bem ao longe, o sol se coloca em seu trono e magestosamente começa o seu reinado.
O dia vai ser ensolarado e lindo. 
Essa foi uma das observações que eu fiz e que por algum momento me tirou do foco.
Deitei de novo, fechei os olhos e nada, nada de sono. Levantei meio cambaleando, fui até a cozinha, acendi a luz, coloquei água para ferver, fui até o banheiro, me olhei no espelho, eu estava horrível, abri a torneira, lavei os olhos, escovei os dentes, voltei e passei o café.
Sentado no sofá,  na primeira golada de café, senti um oco, um vazio imenso no meu estômago.
Peguei um livro para ler, "Memórias do subsolo" . Eu não consigo terminar, estou sempre voltando para o ínicio e nunca de onde eu parei. Isso tem um pouco a ver com as longas pausas que eu dou nas minhas leituras, com este livro em especial.
" Sou um homem doente...Um homem mal. Um homem desagradável. Creio que sofro do fígado. Aliás não entendo níquel da minha doença e não sei ao certo, do que estou sofrendo." Este trecho eu já tinha lido umas tantas vezes.
Fechei o livro não estava concentrado para à leitura, liguei o rádio, o que acabou sendo pior, pois a música que tocava, me trazia mais ainda aquelas lembranças.
É como uma dor de dente, quando você pensa que ela sumiu, ela vem ainda mais forte.
Doses diária, é foda quando você se prende.
Há uma passagem em um outro livro que eu estou lendo e esse eu estou conseguindo chegar ao final, que tem um pouco a ver com isso....de como a gente continua preso a  tudo.
" Uma vez que se corta o cordão umbilical, a gente se prende a outras coisas.Vistas, som, sexo, miragem, mães, mastubaçãoes
assassinato e ressaca de segunda-feira" trecho do livro PULP de Bukowski.
Não que isso não seja bom, é sempre bom se prender em algo, esse estar preso, pode ser a nossa base, o nosso chão, uma outra realidade, ou um novo começo.
Me prendi ou me apeguei em algo, eu me"apego muito facilmente a tudo....", só que esse apego virou um desapego, um desprendimento e nos meus sonhos esse apego, esse estar preso continua ainda tão real.
Só nos meus sonhos!!!!!


Josh









terça-feira, janeiro 12, 2010

Feliz aniversário



Feliz
Por mais um ano
Por ainda estar aqui
Ao redor
Há tanta gente que não é feliz
Eu queria mesmo
Uma felicidade no plural
Felizes
Vou sair por aí
E onde houver sorrisos
Onde houver alegria que contagia
Vou me misturar
E no meio desse povo
Aquele teu sorriso
Vou encontrar
Feliz
Felizes
Ei de estar


Josh

domingo, janeiro 10, 2010

fuga





                                       
Algumas doses de JB
Fuga da realidade
Voraz
Pela janela do meu quarto
De um dia de domingo
Sinto a realidade
De como ela me devora
Me maltrata
Pensar nela
Dói
O amor negado
As pessoas que passam
E deixão uma caixinha com saudades
Aquele olhar para o presente, não brilha mais
Dói
Ver
A maldade dos corações
Do sangue no asfalto
Desigual
Casa, favela
Eu ganho um milhão
Para matar a fome
Garapa
Eu quero é viver
Talvez eu viva
Fuga da realidade






Josh

sábado, janeiro 09, 2010

"Ter o desejo e a vontade de viver, mas não a habilidade"

                                                                                                                  Bukowski