quarta-feira, janeiro 13, 2010

Memórias "Acreditavamos que mudaríamos o mundo, a noite, sonhavamos e, durante o dia, comíamos os sonhos da padaria em frente" Alex polari



Acordei de madrugada, aos poucos fui me lembrando do sonho que tivéra.
É louco isso!...as neuras do dia-a-dia continua a nos invadir durante à noite.
Não consegui mais dormi e quanto a você, a personagem principal do meu sonho, continuava ali, presa no no meu pensar.
Abri a janela, lá fora por de trás das casas e da igreja, bem ao longe, o sol se coloca em seu trono e magestosamente começa o seu reinado.
O dia vai ser ensolarado e lindo. 
Essa foi uma das observações que eu fiz e que por algum momento me tirou do foco.
Deitei de novo, fechei os olhos e nada, nada de sono. Levantei meio cambaleando, fui até a cozinha, acendi a luz, coloquei água para ferver, fui até o banheiro, me olhei no espelho, eu estava horrível, abri a torneira, lavei os olhos, escovei os dentes, voltei e passei o café.
Sentado no sofá,  na primeira golada de café, senti um oco, um vazio imenso no meu estômago.
Peguei um livro para ler, "Memórias do subsolo" . Eu não consigo terminar, estou sempre voltando para o ínicio e nunca de onde eu parei. Isso tem um pouco a ver com as longas pausas que eu dou nas minhas leituras, com este livro em especial.
" Sou um homem doente...Um homem mal. Um homem desagradável. Creio que sofro do fígado. Aliás não entendo níquel da minha doença e não sei ao certo, do que estou sofrendo." Este trecho eu já tinha lido umas tantas vezes.
Fechei o livro não estava concentrado para à leitura, liguei o rádio, o que acabou sendo pior, pois a música que tocava, me trazia mais ainda aquelas lembranças.
É como uma dor de dente, quando você pensa que ela sumiu, ela vem ainda mais forte.
Doses diária, é foda quando você se prende.
Há uma passagem em um outro livro que eu estou lendo e esse eu estou conseguindo chegar ao final, que tem um pouco a ver com isso....de como a gente continua preso a  tudo.
" Uma vez que se corta o cordão umbilical, a gente se prende a outras coisas.Vistas, som, sexo, miragem, mães, mastubaçãoes
assassinato e ressaca de segunda-feira" trecho do livro PULP de Bukowski.
Não que isso não seja bom, é sempre bom se prender em algo, esse estar preso, pode ser a nossa base, o nosso chão, uma outra realidade, ou um novo começo.
Me prendi ou me apeguei em algo, eu me"apego muito facilmente a tudo....", só que esse apego virou um desapego, um desprendimento e nos meus sonhos esse apego, esse estar preso continua ainda tão real.
Só nos meus sonhos!!!!!


Josh









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