quarta-feira, maio 30, 2012

Isadora




O olhar perdido na rua....
-Bêbado de merda, seu bêbado filho da puta! Ela repete e chora ao mesmo tempo.
Subindo pela Treze, uma mulher cruza à rua de um lado ao outro, jogando garrafa e blasfemando essas lindas palavras contra sabe-se lá quem.
Ele volta para dentro de si.... morto em pensamentos fraguimentados, olha para todas as direções como se estivesse à procura de algo, no fundo do bar percebe uma escada grande que se perde de vista, no final dessa escada algumas garotas e rapazes conversavam, casais juntos abraçados dançavam, a luz cegante parecia querer adormecê-lo, como num sonho...luzes, vozes, imagens, sons...iam e voltavam....
Pensou .... - A música...., mas que música?

As pessoas dançando.
- Parecem um bando de loucos eu não ouço a música.
Continuava ainda naquelas viagens...piscodélicas.
A cabeça sobre o balcão, os olhos serrados quase que fechando, avistou: ela, vinha e parecia viva, de degrau em degrau, hora ofuscada pela luz, hora sumia na escuridão, cambaleava e aos tropeços subia a escada, em uma das mãos uma garrafa de Jack, segurava onde fosse possível, nas garotas e cada vez mais perto....perto.

Ele acorda...... e começa a ri.
- Há, há, há....

Uma gargalhada intensa, as pessoas em volta olham sem entender.
As palavras saem tropegas: - Mano que porra eu tomei, viagem louca do caralho!!!!
As garotas riem, alguns balançam o dedo sobre a cabeça.
Enquanto isso...aos pouco vai voltando a si:

- Música, a música....ESTÁTUAS E COFRES/ E PAREDES PINTADAS/ NINGUÉM SABE O QUE ACONTECEU/ ELA SE JOGOU DA JANELA DO QUINTO ANDAR/ NADA É FÁCIL DE ENTENDER/ DORME AGORA:/ É SÓ VENTO LÁ FORA.... 

Ele houve, é a mesma canção que trilhava a imagem, que em seu sonho criava vida, subindo as escadas com uma garrafa de Jack daniels nas mãos. 
A vertigem da mulher no seu sonho some, a trilha sonora sureal, é real e passeia por todos os cantos do boteco empoeirado com seus bêbados errantes.

Faz uma cara nostalgica e se agarra em lembranças, volta à 1995, Ilha do mel.  As barracas armadas, a fogueira criando brasa, em volta, amigos e muita bebida, quase todos embriagados entoavam canções embalada por um velho sete cordas.
Na sua frente.... Isa, de Isadora mordia os lábios mexendo e olhava maliciosamente, ele se queimava por dentro mais que o fogo.... cheio de vontade de agarrar Isa.

Alguém se manifesta.
- Pô...cansei, alguém quer tocar?
-Eu vou, não.... pode deixar!
Ele aceita.
Um coro de vozes.....-Toca Raulllll!
O baseado, a garrafa de malbec passa de mãos em mãos.
Ele senta coladinho da Isadora. E ela fala baixinho no seu ouvido:
- Se você tocar a minha música, você vai ganhar um presentinho....
Ele ri....e com sua pose de trovador solitário dedilha o violão.... e pensa: - O presentinho da doce Isadora está nas mãos.....

Sente a água do mar gelado roçar seu pé, ao seu lado Isi, boceja e ri olhando o nascer do sol.




Josh










Eva



Ela desceu a rua com uma amiga, ele havia reconhecido por causa do cabelo loiro e longo.
Eva, é como ele à conhecia.
- Eu quero, oi, oi! duas coxinhas, é....do que que é a coxinha?
- Há, há, há, há...caralho Eva, você tá de tiração!
- Coxinha, coxinha! não sendo polícia só pode ser de carne de frango, né, porra!?
- Filha da puta! se meu tio ouve uma merda dessa...eu nem queria está por perto.
Falou baixinho Edu.
O tio do Edu era da PM, nove anos de serviço prestado e num pequeno deslize seu, foi expulso da corporação, mas, atuava no seu cotidiano como se ainda estivesse nela. Fazia bico em uma boate no baixo Algusta, era conhecido por todos como Caveirão, o seu jeito truculento e agressivo quando colocava pra fora do puteiro os arruaceiros e os punheteiros que pegava no banheiro.
Caveirão tinha um tipo atlético, alto, olhos verdes, com às garotas ele encarnava o tipo Dom Ruan, fala suave, às vezes gestos delicados um certo charme e um pouco de cultura aprendidos nos livros e principalmente com à vida.
As meninas eram o forte da casa, e como davam lucro! Belas, corpos voluptosos, algumas foram até capas de revistas. O tio do Edu tinha uma grande queda por uma das meninas, Eva, simplesmente Eva.
Eva é o seu nome artistíco usado nas noites de orgia, um metro e setenta e dois de puro prazer. o seu número de strip no ferro ao som de um blues.... VOCÊ NUNCA VAROU/ A DUVIVIER ÀS CINCO/ NEM LEVOU UM SUSTO/ SAINDO DO VAL IMPROVISO/ ERA QUASE MEIO-DIA/ DO LADO ESCURO DA VIDA/ NUNCA VIU LOU REED.......ia abaixo, ou melhor dizendo: ia acima àquela coisa que todo homem tem nos países baixos. Caveirão se postava, às vezes sentava e pedia uma dose dupla do melhor uísque, parecia um cliente quando ouvia o começo do blues que encarnava à sua nerfetite, abandonava o seu posto e nesse momento ele se sentia como se fosse o dono do estabelecimento, e aí de alguém se vinhesse reprimi-lo, pois tamanha era sua moral junto aos donos do "Héden".


Josh













terça-feira, maio 29, 2012




"Meus heróis morreram de overdose", assim diz a letra de um grande letrista do rock nacional.
E eles continuam morrendo, dos tragos amargos, o mal do século é solidão, do estrelato que sobe, sobe e explode numa via lactea!!! O que não morre são seus versos, a voz roca, a voz inconfundível, triste e renitente, alegre e infinita.
Tributo, quantos foram feitos depois que uma das maiores bandas do mundo chegou ao "game ouver"??? Os besouros voltaram, tiveram um substituto?
Tributo nada mais é do que: manter vivo, matar a saudade, uma saudação aos GRANDES!!!
Os "GRANDES" morrem jovens.... já sua arte resurgi, permanece viva, adormecida e jamais morta.


Josué Matias    

A vizinha




Segurando com as pontas dos dedos, seu peso parece duplicar e a força que faz é descomunal. Um dos pés se apoia em falço o medo o invade e começa a sentir caláfrios, olha a altura e imagina a queda que com certeza deixaria sequelas. Tenta se apoiar mais firmemente com o pé direito, o outro o esquerdo escorrega e ele tenta sem sucesso firmar os dedos, a queda é certeira.
Cai de uma altura de cinco metros, o seu peso na queda se sobrepõem a perna esquerda onde há uma fratura exposta. A dor provoca um gemido seco que se mistura com o eco dos latidos cada vez mais próximo, ele abre os olhos e se depara com dentes amarelados e uma babá viscosa escorrendo daquela boca cheia de fúria. Sente os dentes penetrar no seu braço e ficar fincados como uma punhalada.
Grita e pede por socorro, Seu Raimundo escuta e se depara com a cena. -Sai Fidel!, Fidel, Fidelll!!!!
E nada, o pastor alemão continua ali....como se dissese: -vou dar um corretivo no invasor.
Seu Raimundo corre e liga a mangueira, começa a esguichar em cima do Fidel e só assim consegue acalmar o pastor.
-Vizinho, vizinho!
-Oi,
-Tudo bem? Desculpa te atrapalhar.
- Não, sem problema eu dei pause....
- Eu estava vendo daqui, é um filme mudo?
-Nossa, como você consegue ver daí...?
-Há, nem está tão longe assim.
-É você tem razão, mas é feio ficar bisbilhotando os outros!?
-Vai dizer que você as vezes também não dá uma olhadinha.
-É....
Ele ri.
-Voltando a sua pergunta, é mudo e foi filmado em 1926 é um filme do expressionismo alemão.
-E fala sobre o quê?
-É baseado em uma grande obra de um escritor alemão "Gothe", onde um ancião "Fausto"que é representado de forma geral como sendo o próprio povo é colocado a prova pelo diabo "Mefistófoles".
O diabo numa discursão acalorada com um anjo diz ser dono de todo o mundo, o anjo diz que não. No meio desses insultos e afirmações, Mefistófoles propõem ao anjo uma aposta, que se ele conseguisse enganar Fausto a terra seria sua. E Fausto que era um homem temente a doutrina e a Deus aos poucos é corrompido.
As doenças a peste e a fome vai dizimando todo o seu vilareijo, ele clama por uma ajuda divina que não vem e a sua saída em um momento de fraqueza acaba sendo se filiar ao mal.
-Nossa.... dá até medo!
-É apenas um filme, e que por ser um filme vai além do seu papel, que para muitos é mero entretenimento.
-E o final é arrebatador.
-Se você quiser eu te empresto.
-Não!eu não gosto desses filmes, posso ter pesadelo.
-Tudo bem, mas e aí o que você quer com o seu vizinho?
-É..que o meu chuveiro não está esquentado, será que você poderia dar uma olhadinha?
-Bom....eu não sou muito bom nisso, mais posso tentar.
-Sobe aqui!
Ele pula o muro, intrigado e desconfiado que outros vizinhos pudecem vê-lo, se tivesse que entrar pela frente da casa.
-Entra, não repare a bagunça.
-Não, magina...você já olhou a chave geral?
Ele pergunta e ela que responde quase gritando de dentro do quarto.
-Não! olha para mim enquanto eu acho um alicate.
Vai até o quadro geral que fica no corredor, abre a caixa e testa os dijuntores. Aparentemente vê tudo normal, volta para o banheiro e nada dela aparecer.
Dez minutos se passaram, ela começa a chamá-lo. -Vem aqui, me ajuda com essa caixa!
Ele entra e fica pasmo: Ela em pé sobre a cama de calçinha vermelha com espartillho, os braços esticados tentando parecer uma simulação para alcançar a caixa, seios fartos à mostra, a brancura do seu corpo e o seu olhar, o seu olhar!?
Uns olhinhos escuros e penetrantes piscavam vivamente, na boca o baton vermelho com um sorriso cínico que dizia quase que parecendo susurrar em seus ouvidos.
-Me ajuuuuuuda!
Ele foi até ela, e ela na mesma posição. Encostou por trás e pegou a bendita caixa, continuou encostado nela sem largar a caixa. Ela toma a caixa da mão dele e se vira largando a caixa.
Aquele momento de extase é interrompido por um barulho vem de fora. O portão se abre o barulho do carro, ela sai e vai olhar pelo vitrô da cozinha, volta desesperada. -É meu namorado!
-O que eu faço!? se esconde.
-Onde?
-Aí não, não!
Ele pula a janela, desesperado se segura como pode....
Ela fecha a janela.
-Oi amor, chegou cedo!? -parece que eu estava adivinhando....
-Gostou?
Nossa, esse espartilho, uhhhhhh!!! gostosa, você tá linda!

Josh









quarta-feira, maio 09, 2012

Quem mais mal causou a humanidade?









Quem mais mal causou a humanidade: Os bancos, a igreja ou as guerras?
Em um programa de entrevista da tv cultura "Provocações" o apresentador Antônio Abujamra costuma fazer essa pergunta ao entrevistado.
As pessoas que acompanharam na mídia no início desse mês de maio, o esforço do governo para tentar baixar os juros. Primeiro com a diminuição de algumas taxas dos principais bancos públicos, como há uma concorrência entre bancos públicos e privados, o que se pode esperar  com essa medida do governo é que os bancos privados também baixem os juros abusivos cobrados dos brasileiros. 
Segundo passo do governo foi a mudança na cardeneta de poupança.
Voltando a pergunta do Abujamja caso eu fosse o entrevistado: Eu diria que os bancos.
Por quê os bancos?
Porque financiaram e continuam financiando tudo isso!? As guerras, o poder da igreja no feudalismo, o poder das ditaduras, a fome, a miséria causada pela dominação do mais forte. E quando vejo propagandas desses bancos em rede nacional, me dá asco!
Os bancos arrecadam muito e os investimento que deveria se revertido a quem os financia é pífio.
Exemplos não faltam: filas, demoras no atendimento, poucos caixas ativos, constrangimento na porta rotatória, segurança para eles sim, agora para  os clientes não!!!!, se realmente existisse não veriamos quase que diariamente pessoas sendo mortas e roubadas na  famosa:" saidinha de banco" .
O que eles investem nos ditos programas sociais através de suas instituições é nada! referente ao que se arrecada com suas taxas, e que são as maiores do mundo. 
Os dois maiores bancos privados do Brasil juntos, arrecadaram mais de cinco bilhões. O que se contesta  aqui são os juros e a forma de como esse  dinheiro depois é revertido em ações: emprego, educação, segurança e investimentos que desenvolva o  crescimento do país. Mesmo porque se perguntássemos: Quem financia os bancos??????
A resposta seria contraditória com base em tudo o que foi dito. 



Josué Matias

domingo, maio 06, 2012

VIRADA PASSIONAL




Blim, blom!
Próxima Parada...., estação da Sé!
Levantou-se, quase passa à sua estação. Vinha sentada do lado esquerdo do trem, ao seu lado uma senhora lia um livro de auto-ajuda, " Descanso do corpo, descanso da alma e descanso do espírito ,faz de você uma pessoa forte para enfrentar as dificuldades." Visualizou este parágrafo, e não deu continuidade ao raciocínio. Sua concentração estava toda perdida na paisagem, como fresh visualizados na janela do trem. "Uma Fábrica com um pátio imenso lotada de carros zero quilometro, terrenos báldios, um gato pulando o muro, um bosque com árvores de copas altas, seu olhar percorria fixo os trilhos do outro lado da linha do trem que vinha em sentido contrário". Frases iam surgindo na sua cabeça: -Você é uma inrresponsável! Como é que pode!? Eu juro, eu ainda te mato!
Mato, eu te mato!
Essa última palavra e as paisagens vista da janela, como um martelo martelavam  e lhe dava um pouco de ância.
Saltou do trem, a medida que ia subindo a escada rolante, aqueles pensamento se perpassaram. -Eu amo as tardes de outono, um viozinho nesse frio, esses dias que parecem tão tristes...pensou consigo.
O aglomerado que um dia antes era de carros, pombos e pessoas. Sedeu lugar  a um mar de gente, homens, mulheres, velhos e crianças. Com uma quase totalida de jovens, com seus sorrisos e olhares embebecidos por algum tipo de inibidor comportamental.
- Alô
- Oi, onde você está? eu já cheguei!
- Olá..., na entrada da catedral!
- Beleza, em um minuto estarei aí.
- Nossa! linda, você está linda!
- Brigado.....
- E aí, como é que foi?
- Ele ficou puto! falou um monte, mais eu consegui dobrar a peça...falei que viria com uma amiga.
- Otário!
- Eu não gosto que você fale assim!
- Descupa!
- Nós vamos nos divertir bastante, tem umas bandas de pagodê e samba que queria ver, pena que eu não vi sertanejo na programação....
- Nossa, gosto é gosto!
- Você não vai começar, vai? Só porque você se acha a intectualzinha!?
- Não é isso, é que eu simplesmente não curto...
- Mas a gente já tinha combinado....você vê o que o gosta, eu não opino e vice -versa.
- Certo.
- E você já olhou a programação?
- Eu vi em casa pela net, tem uma banda de jazz e blues gringa, Lou Donaldson. Tem também a banda Golpe de Estado que eu queria muito ver, umas peças de teatro, "Os sete gatinhos" de Nelson Rodrigues," A voz do provocador" de Antônio Abuljamra e....tem mais coisas, só que se eu for enumerar e ver todas, não vai dar para a gente curtir o seu pagodinho.
Ela dá um sorriso falso, só que ele não percebe.
João Roberto e Liz se conheceram na crechê.
Ela casada mãe precosse, formada em química trabalhava em uma empresa de perfume. Ele solteiro, trinta e quatro anos, branco alto, bonito, usava muito perfume e por onde passava ficava o rastro, gostava de ler gibi de super-heróis, era sempre cordeal e educado com as mães quando recebia os filhos delas na portaria da crechê onde trabalhava.
Liz costumava chegar cedo para pegar seu filho, como as crianças só eram liberadas no hórário estabelecido, ela ficava esperando. E numa espera dessas começou a se engraçar com João Roberto.
- Trouxe um vinho.
-Vinho! argggg! é doce?
-Não! ué....toma cerveja! Nossa que demais esse show!? Olha, escuta esse solo de sax....muito bom...
uhuuuuuuuuu!!!!!
Horas se passavam, entre um show, entre um espetáculo...
- Caralho! esse aí é o Ravengar, hahahaha!
- É ele mesmo...é um provocador! Abuljamra, ele fez o papel na novela que "Rei sou eu".
- E ái, gostou da peça?
- Há...muito texto, o cara não para de falar.
- É....mas são textos lindos que nos levam a refletir, é este o intuito de uma peça teatral: provocar, chocar no sentido de mostrar caminhos, caminhos que muitas vezes por falta de uma reflexão se tornam intransponíveis, e é no teatro, nas artes que encontramos a reflexão que falta e que também liberta. 
- Minha gatinha sabichona linda, agora você falou bonito que nem o Ravengar.
Ela ri.
- Eu tenho uma idéia, como já está tarde e estamos mortos de cansaço.
Ele aponta, com um sorrizinho sacana: Motel" Fim de Noite"
- Uma suíte por favor......
Ela está nua no banheiro, fica inerte embaixo do chuveiro, seu corpo molhado...
Ele sentado na cama nú, olha para ela e começa bater uma punheta...
Ela em transe, olha para ele e pensa, - não merecia isso, não merecia isso!
- Eu vou embora, eu vou embora!!!
Seu pau duro começa a jorrar porra, -ahhhhhhhh, ahhhhhhhhh! 
- Filho da puta!
Ela se veste e sai em disparada, João Roberto continua deitado naquela excitação toda, e aos pouco vai caindo na real.
- Liz, Elizabete, Liiiz, caralho!!!!
Paga o motel e sai atrás dela.
- O que houve, você saiu que nem uma louca, por quê?
- Acabou, acabou João Roberto!
- O que eu fiz? eu não entendo, estava tudo tão bem entre a gente!
- Ele não merece....
Ela começa a chorar, da sinal para o táxi e parte.
- Espera Liz, Elizabete! eu te dou uma carona....
João Roberto corre até o estacionamento, sai em dispara na sua moto potente ziguizagueando por entre os carros, alcança o taxi já parado, procura por Liz e vê ela descendo as escadas, perto dela .....grita. -Elizabete!
Ela olha.
Crava no seu peito o punhal dado por ela, a ele de presente, Liz cai rolando pela escada.
As pessoas começam a gritar e sair correndo em despero.
João Roberto senta na escada e num choro convulsivo, olha o sangue vivo que escorre pelos degrais e que pareciam querer levá-lo ao encontro do olhar sem vida dela.


Josh






terça-feira, maio 01, 2012

Tão forte e tão longe

Ela apareceu aqui numa noite dessas, vinha me convidar para assistir um filme, um filme emocionante que contava a história de um garoto, a sua relação de amizade com o pai e um certo distanciamento afetivo com a mãe. O filme mexe um pouco na ferida...pró - atentados, 11 de setembro nos Estados Unidos, o pai morre nesse atentado, ele estava na queda do World trade center. Aí começa a busca do filho pela amizade que talvez tivesse se perdido, e esse recomeço tão difícil vai ficando emocionante na medida em que ele, aos poucos vai  reencontrado novas amizades pelo caminho dessa que se foi....
E o mais engraçado é que acabei assistindo o filme depois e sem ela, a gente ficou convensando naquele dia, tomamos umas cervejas, fazia muito tempo que não nos viamos, já se passava das quatro e suas palavras continuavam saindo, nun descompaço lindo sem tropeços, como os passos dos cadetes no desfile de 15 de setembro. Continuamos.... e depois de um certo tempo resolvemos ir para cama, a música passeava pelo quarto, sentia no seu olhar perguntas que eram feitas e que ela fazia para me provocar, pois... já sabia a resposta.
Foi uma noite intensa de sexo com amor, adormecemos. Acordei ás dez, ela continuava dormindo. Parado encostado no batente da porta da cozinha, orbservava e podia sentir a sua respiração num sono profundo e suave.
Fui comprar pão, preparei o café, ovos fritos com queijo. Ela acordou tomamos o desjejum e contiuamos nossa conversa, trabalho, família, sonhos, filmes, teatro, música e o amor dela
pelos bichos.

Ela se foi....saiu as ás dezesseis. Fiquei estático olhando pela
sacada, o som das buzinas que vinham, o barulho violento do caos que eu gostava, a sua beleza passeava incólume por tudo aquilo. Continuei observando a sua ida sem volta......
  

Josh