sábado, julho 28, 2012

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Noite passada intorpeci
Felicidade placebo
Dessa ressaca nostálgica
Saudades de casa

Josh


quinta-feira, julho 26, 2012

Já passaram muitos janeiros





Já se passaram muitos janeiros
O céu
E o medo, não envelhecem com o tempo
Nas caravelas, terra a vistaaa!
Júlio César é apenas um nome, assim como Judas ao Léu....
Pobres iludidos por almas com cara de cordeiro
Este presente, é o passado refletido no espelho

O cogumelo gigante brotou na terra do sol nascente
Antes de Cristo, Depois de Cristo
A Cruz?não!? a suástica dizimou milhões lentamente
Como testemunha um cadáver na lama, eu insisto....

Já é primavera
A multidão na praça é massacrada como réu
O ditador foge pelo deserto sobre duas corcovas, lento
Bandeiras são queimadas e em seus lugares burcas são hasteadas

Julho 
3D, balas de festim
E o horror é glamurisado com efeitos especiais
Os heróis mascarados yankees 
São o orgulho da América e do mundo

Na vida real
Os vilões e o terror parecem ter saídos da grande tela
Transformando o dia a dia das pessoas 
Num grande trailer de terror real, parecidos com o cinema trash
Ou será o contrário!?


Josh











terça-feira, julho 24, 2012

The Old Blues




A ponte
Tem dias que parece fria e solitária
A ponte que separa a Ilha das ruas de pedras, das casinhas carcomidas pelo tempo
e suas igrejas feitas iguais a velhos faróis ao alcance de olhares etílicos e tão enigmáticos
A ponte que separa a Ilha do resto do continente

Ficou para trás
Ficou para trás

Sentado no banco traseiro do fiat cinza 147, ano 80
O vento com liberdade roça a copa das árvores
Acaricia também os seus cabelos revoltos
Seus olhos passeiam pelas ruas de areia com a mesma velocidade
Do abre e fecha de suas pupilas já desgastadas

Ficou para trás
Ficou para trás

New Orleans
Chicago dos anos 70 
O blues e seus anos de ouro

Na sua voz rouca versos em inglês
Babel
Ilusões perdidas em português

Mas, ele tem um violão
E uma gaita mágica na mão
Que traduz
O verdadeira espírito
Do grande Blues man

Ficou para trás
Ficou para trás

Perdido entre montanhas
Tão longe de Sampa
Por algum momento
Ela se sente
Na Chicago dos anos 70
New Orleans
The Old Blues

Senhoras e senhores
Com vocês
Rip Lee Pryor




Josh






quinta-feira, julho 12, 2012

Um conto de Rock




Aos treze, ele ouvia no pequeno rádinho de pilha, "Sereníssima", vivia fazendo confusão com o tal cantor da banda. Aqueles mesmos três acordes que compunham e fazia parte de qualquer canção de uma banda de Rock de garagem, foi a sua iniciação.
Com o pai pela feira de terça, saia frenéticamente garimpando de banca em banca as fitinhas cassetes.
Queen, Ramones, Beatles, Raul, Legião,  e Ira. Chegava em casa, apertava o play. O volume no último, da cozinha a mãe gritava: - Abaixa esse rádio!
Abaixava só um pouquinho, deitado na cama ele olhava, olhava  para o teto e sonhava, sonhava com o dia em que pudesse caminhar e ir além da rua dez.
Esse dia chegou.
Caminhando sozinho, ao passar sobre o abacateiro, os pingos gelados de chuva caem sobre sua nuca, dobra a esquina e perto de casa os cães ladram incomodados com os miados dos gatos que brigam. Sobe a escada, pela fresta da porta antes de abri-lá vê uma luz. A chave emperra, dá umas batidas com a mão, entra.
Deitada no chão nua, o abaju ligado, garrafas de bebidas, o cinzeiro cheio de bitucas e um cigarro pela metade ainda aceso, do quarto a música soava baixinho, bateria, baixo, guitarra alta e numa voz roca e triste.
Olha e fica admirando à brancura daquela corpo vivo, seus pelos púbis, seus seios pequenos, e toda à sua pseudo inocência que emanava do seu lindo rosto iluminado pelo bico de luz.
Tenta acordá-la, é inútil. Sente receio em tocar nela, assim.... . É como sentir o amor nos braços pela primeira vez, foi o que ele sentiu e o fez. Colocou sobre a cama e à cobriu.
Um quarto e cozinha americana, ele dormia na sala, o quarto era pequeno cabia uma cama de solteiro e algumas tralhas, dividiam as despesas que era uma das condições imposta por ela. Era pertinho do centro e da janela se avistava a igreja da Consolação,  foi o mais longe de casa que conseguiu chegar.
O seu desejo era ir muito mais além, atravessar o atlântico, assim como Elvis e assim como o Rock décadas após décadas.
É começo de inverno, o relógio desperta, perdeu a hora para o trabalho, são quatorze e vinte e cinco da tarde de uma sexta-feira 13.
Levanta e vai até quarto dela, janela aberta, a cama vazia, sobre o banco apenas um bilhete:
"Nem te vi chegar, estou indo acampar com umas amigas numa Ilha onde vai rolar um festival de Blues, é uma pena que você tenha que trabalhar, pois você iria adorar. Bjs"
Amassa o bilhete, e aos bocejos coloca na vitrola um vinil do Bruce Springsteen. Os raios de sol assim como ele parecem cançados, e timidamente invadem a penumbra e com a música enchem de nostalgia ainda mais aquele lugar carente de amor e vida.


Josh


domingo, julho 01, 2012

Antes não tinha, agora tem







Hospitais, as UBS e as tais AMAS...
Estão mais enfermos 'as' que os próprios doentes
E agora, mais essa!? Doctor, doctor,doctor....
Os residentes estão sem residência, do Aiapoc ao Chuí tudo aos frangalhos...
Dois % e alguma coisa do PIB, é pouco, dizem que seis resolveria "o pobrema"

Nos corredores gélidos
Com suas paredes brancas pálidas
Os filhos da PÁTRIA

"Antes não tinha, agora tem!"

Mais dinheiro....
Para o bolso do Polvo com seus tentáculos, PL, PSDB, DEM, PT, PMDB, PTB............et cétera
Em trabalho de parto no Libanês
Foi cesárea, e eis o filho bastardo: PARTIDO SOCIALISTA DEMOCRÁTICO
A,B,C,D,E,F,G,.......L, M....Maluf !!!???...é quase o alfabeto inteiro de articulações
Vem aí, mais um ano de eleições

E viva a DEMOCRACIA!

"Antes não tinha, agora tem!"


Josh