segunda-feira, dezembro 21, 2009


As tardes são nostágicas
A mesma brisa que me acalenta, parece a mesma daquele tempo
O astro maior ao longe se mostra infinitamente belo
Apenas as vagas memórias dos anos idos
Trinta anos, o que são três décadas?
Uma vida, um fracasso, um recomeço
Nada, nada a se comemorar
Carrego em mim, o peso
Das palavras
Das bofetadas
Dos bocejos
Das mentiras
Dos falsos gracejos
Dos medos
Dos sorrisos
Da solidão
E dos amores efêmeros
Eis os fardos
Caminho na dúvida
Duvido do amor
Duvido da verdade
Duvido da mentira
Duvido das pessoas
Duvido de mim mesmo
Duvido da própria vida
Sou um romântico
Um malabarista na corda bamba
Nada, nada a se comemorar
Há um fim que nos persegue
Dia após dia
Ainda assim
Haverá um último suspiro
De esperança


josh

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