domingo, maio 02, 2010

A violência é tão fascinante



Ontem fui assistir a peça "Música para ninar dinossauro" no espaço Parlapatões. Como eu havia chegado cedo resolvi esperar tomando uma ceva no bar, entre um gole e outro eu obeservava as pessoas e imaginava uma porção de coisas, a trilha sonora do ambiente beatles e outras bandas clássicas me deva um certo prazer e eu continava à minha viagem, viagem está quebrada por um rapaz que com uma lata de cerveja na mão, meio cambaleando e cantarolando uma música bahiana de algum carnaval passado entra no bar.
Numa mesa ao  lado um casal começou a rir da cena, evidente que esse casal era conhecido dele. Entre risadas e alguns comprimentos eles trocam algumas palavras o rapaz sai e se senta em frente ao Espaço, eu com este olhar observador quando não fitava o teto com seus guardas chuvas coloridos pendurados, do outro lado da rua vi mais a cima em um epaço vazio que outrora forá um supermercado, um carro de polícia com seus giroflex ligado se mostrava, "Nos estamos aqui, os homens da lei se precisarem é só chamar".
Continuava a observar, notei que várias pessoas travestidas com roupas num vizual fora do habitual subia e descia pela calçada do Espaço, em grupos ou as vezes sozinhas. Essas pessoas faziam parte de um tipo de ideologia, os "Punk".
Um desses punk se dirigiu ao rapaz, aquele que cantarolava à canção bahiana, conversaram o punk sai e retorna logo em seguida dando continuidade a conversava. Ouço o barulho de um copo se quebrando, o rapaz da canção que estava sentado se levanta esbravejando com uma garrafa na mão querendo ir em direção ao punk.
Comecei a imaginar, vai dar merda!!! O punk sai, não dando importância ao insulto.
Olho em direção ao espaço aqui narrado e não vejo mais o carrinho com seu giroflex ligado.
Uma certa calmaria tomo conta conta do Espaço, à trilha muda agora à rainha do pop ecoa pelo ambiente, passando-se quinze minutos depois da discursão que eu achava que ia da merda, eu
conto um, dois, três  e muitos talvez uns quinzes punks em bando vindo em direção ao rapaz, ele entra no Espaço, à cena a seguir é de destruição: cadeiras sendo jogadas, vidros quebrados à base do coturno, o medo nos rostos, uns se acolhem nos fundos do balcão, eu tento a porta de saída e volto para trás. Os punks começaram a se dispersar, deixando para trás um rastro de destruição e prejuízo, A selvajeria só não foi pior, porque ninguém ousou revidar.
Lá fora um grupo de pessoas se agromera junto com elas o dramaturgo que forá em dias idos, persongem dessa coisa que cresce, se alimenta do descaso do poder público, da socidade, da maioria que fecha os olhos enquanto não for tocada....e quando tocada aceitará pacivamente o bofetão. Ele, o dramarturgo apenas observa....
" Um País se faz com livros e escolas"
As pessoas em desespero começaram a discar 190, quatro cinco talvez sete minutos é o tempo que se passa até a chegada dos carrinhos com seus girofrex ligados.
O rapaz da canção bahiana sai dos fundos e começa a explicar o porque do ocorrido:
-Punk de merda!!!!, onde já se viu....ficou embaçando na minha, me pediu uma moeda e eu disse: que tipo de punk que é você?
-Punk não pede moedinha, segue o seu caminho!!!!
-Ele não gostou e chamou à tropa.
Já estava quase na hora da peça começar, as garçonetes começaram a limpar e a arrumar à bagunça. Em poucos minutos tudo se encontrava como antes, o Espaço começou a ficar cheio,vidas, vozes, sorrisos e olhares que buscam, buscam.....o inalcansável. 
Amanhã voltamos, se fechamos em nossa caixinha e tudo volta a ter uma aparente normalidade....

Josh

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