sexta-feira, junho 13, 2008

Eu gosto de um rabo de saia



O sangue que escorria parecia que tinha vida. Aquele vermelho ofuscante se misturando com paisagem mórbida da sargeta, latidos que vinham de todos os lados e aos fundos o som dos carros que ziguizagueavam numa grande avenida.
Estava ali inerte, tudo que sentia as batidas enfurecidas de um pulsar que insistia em lutar contra aquele destino. A sua mente borbulhava como um caldeirão em chamas, havia esquecido os momentos passados, apenas fleches de pensamentos, pois quando abria os olhos eles se perdiam na noite fria.
Juan cresceu em meio a pobreza na periferia. Os seus pais pessoas humildes não puderam lhe dar o conforto padrão que à minoria letrada ostentava e muito menos o básico: alimentação, escola, saúde, educação e respeito. Ele cresceu e com a fome aprendeu agarrar os gols da vida.
Para sobreviver fazia pequenos furtos, que não rendia o esperado. A bebida, as drogas pesadas e tudo o que era de mais podre o atraia.
Foi quando conheceu Darlene, alta, olhos escuros, seios fartos e aquela bunda. Uma bunda, nossa que bunda!!!! e um que de malícia.
Juan comia com os olhos aquela bunda, mas ele já sabia, se desse uma passo em falso, Tanatos Ficaria feliz. Darlene era à namoradinha do dono do pedaço, Dionísio um cara mal, à maldade em pessoa. Ele se quer desconfiava, Darlene quase não saia do bar do Paraíba, onde Juan vivia com seus tragos.
- Paraíba, mais uma dose!
Juan começou a beber cedo naquele dia, Darlene acabará de chegar. Ele percebera que há alguns dias ela-o observava, o que não foi diferente nesse dia.
-Oi, comprimentou Darlene.
- Você tá sempre aqui, é Sócio?
Juan riu - Bem que eu gostaria, pelo visto você que parece ser!
- Pode se dizer que sim - Qual é o seu nome?
-Juan.
-Nossa, que diferente!
- E o seu?
-Darlene.
-Bonito!
-Eu não acho!
-Você toma alguma coisa?
-Cerveja.
Darlene olhava bem nos olhos de Juan e ele ficava sem graça. A bebida nele começava a fazer o caminho da vitória, deixando-o mais solto.
Às horas pareciam estar à bordo de um trem bala, pois sol já ia longe. Foi quando Darlene indagou:
- Vamos sair daqui!?
Saíram os dois a passos largos, alguns conhecidos observavam. Juan não se dava conta da armadilha que um rabo de saia às vezes pode causar.
Pegaram um táxi e ao covil do amor foram se esbaldar.
Sexo, muito sexo!
Ela de quatro, aquela bunda todinha na sua frente. Colocou com carinho.....ela gemia e dizia:
- Bota tudo, com força!!!! mais, mais....mais, uhhhh Juanito!!!!!
Fuderam muito....
Já era noite. Darlene começou a ficar um pouco distante.
- Você está preocupada!?
-É que já é um pouco tarde, preciso ir!
Ele deixou ela, a uma quadra da sua casa, se despediram.
Juan pensou em voltar para o bar, comemorar tomando o último trago. Mas resolveu ir pra casa.
Dezessete horas e trinta e cinco minutos da tarde do dia seginte e lá estava ele, no mesmo bar a espera do seu flerte, mas ela não apareceu. No outro dia a mesma coisa, esperava e ficava horas e horas e nada, nenhum sinal de Darlene.
Uma certa preocupação se instalará em Juan, na mesa ao lado ouviu um boato:
-Nossa!!! como é que pode alguém fazer uma coisa dessa!?
Darlene havia cido encontrada, morta, nua, com rosto desfigurado e várias perfurações.
Juan saiu desembestado do bar, ódio e vingança era tudo que sentia naquele instante.
Não teve tempo de continuar sentindo, nem ao menos de virar à esquina.......

Josh











Um comentário:

Cleidoca disse...

Nossa que forte esse conto...
À principio me lembrou até um conto erótico, depois veio o trágico fim, mas gostei...